Na rua, no meu caminho sinuoso… desapareço…
Esta realidade mais não é que uma ilusão
Percebi ai que me tinha transformado em areia
Aquela que desliza vagamente no vidro das horas
Serve apenas para medir as amarguras
Olhando agora para o meu passado… ah…
Paginas por escrever, planos por realizar
Coisas vagas por compor, olhares por trocar
Espaços em branco na memoria desgastada
Dias por preencher, caminhos por traçar
Sinto a prisão de nascer
A agonia de morrer
A memória de não te ter…não desaparecer
Os ponteiros giram e eu vou expirar
Tenho muito para sorrir e orgulhar… mas…
Muito diferente de tudo que imaginei
Mas nada disso foi o que me jurei realizar
Promessas feitas a mim mesmo, falhei sem perdão
Muitas lutas por lutar, muitas liberdades por matar
Tanta devoção deitada fora… momentos perdidos
Amizades arrojadas, afectos que destrocei
Espiral de indiferença me tornei, objectivo comprido
Mas… que afortunado fui por isso, sem aberturas fáceis
Desapareço na multidão, por descobrir, transparente e intocável
Sinto a prisão de nascer
A agonia de morrer
A memória de não te ter…não desaparecer
Os ponteiros giram e eu vou expirar
Rastejo agora para fora do berço oferecido
Saio do meu corpo e olho para mim… ah
Alcanço o vazio por mim lançado, e não a luz
Medos do passado voltam a nascer na mente devastada
Não te iluminei, cai na escuridão das horas desperdiçadas
Nem me lembro dos títulos, não me lembro de ninguém
Não quero voltar a mim dói demasiado tenho o meu corpo seduzido
Só tem espaço para ti, tempo para ti, cansado de não te usar.
Atormentado pelas promessas que ficaram por te fazer, nem adeus te dizer.
Expirou agora o seu último suspiro e saiu o teu nome, vagueia agora no tempo.
Sinto a prisão de nascer
A agonia de morrer
A memória de não te ter… É já tarde para te prometer?
Foto: http://www.olhares.com/Maddie
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