Dialogos com o espelho VII de VII - Final

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Parece que todos podem errar
Menos eu...
Não me consigo desculpar
Nao consigo obter....nada apenas silencio
Pega nesta angustia toda
Faz dela algo belo
Pois a mim só me apetece queimar tudo
Até a mim mesmo
Para não sobrar mais nada
Já nada faz sentido
Nem tudo que tenho memoria te faz sentido já
Como o vento que passa
Na melancolia do por de sol
Na solidão da sombra do quarto
Tudo fosse apenas agora ...fútil
Entardeço na solidão de te guardar num ultimo poema
Que nunca surge
Que nunca é belo
Que nunca será tão belo como o que sinto
Apenas o silencio
E até ai te oiço
Entras neste peito exausto de te suspirar
Mas para que?
Para eu poder errar?
Preso entre o choro da madrugada
E a esperança de orvalho matinal
Apenas para saber o quanto é pesado um dia sem ti
Preferia ficar preso na eternidade das nossas memorias
A estar no silencio dos meus erros
Apenas calar mais um silencio...e acordar
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Bom dia espelho
Hoje não te falo nem quero ver
Tenho vergonha de mim mesmo
Por não ser mais que uma sombra do que fui
E não saber onde anda a luz do que serei
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Bom dia reflexo
Não acendas a luz , não te quero ver
Apenas sentir esse vazio já é demais
Para quando o final?
Já nem imagem eu reflicto tua
Para que adiar a angustia?
Porque não vais de uma vez?
Era tão mais fácil
Apaga tudo ao sair
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Adeus espelho. 


Foto : Bem nem é preciso dizer