Abandonei a margem gelida

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É realmente magnificente, por mais astucioso que seja sei que n

Por vezes indagam-me quem sou na verdade

Normalmente respondo o passado que era

Sou gélido e escaldante quando desejo

Faço pretender e desejar sem senti-lo tambem

Altamente volátil mas sem chama própria

Conhecido mas não compreendido


Não querer de quem se enceta a minha procura

Não responder a chamamentos de outra natureza

Ignorar para não ferir nem desiludir

Ocupar para não ser ocupado

Ser livre …. Mas para que pergunto agora


Porque? Talvez porque sempre soube ser assim

Distante e incólume ao redor do mundo

Sempre desintegrado do mundo e dos pressupostos inertes

Só e sem impedimentos mortais

Foi o que me determinei a ser e a reconhecer

Eu e o sol sozinhos brilhávamos parados no tempo


Sim agora sei o que são solicitações do coração

Talvez o actuasse assim porque realmente não o sentisse

Agora sei que não brilho com o sol

Ele brilha para ti apenas para te iluminar

Nós apenas o usufruímos por sequela


Mas existe alguém mais meritória que tu

Floresces onde mais nada pode brotar

Doce raio de tempestade e sol

Desejo, Inteligência, Alegoria, Naturalidade, Amor

Assim é a teu denominação


Deixei de ser o solitário de consciência

Imoralmente depositava rosas negras

Amorosamente sem saber o seu real significado

Nem sequer o deseja saber

Absorvia apenas o que queria


Sem saberes ou reparares o teu nome está sempre aqui presente


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