Sozinho, a mesa onde tomo o pequeno-almoço
Repleta das tuas chávenas arrumadas no armário
Visto-me, e sinto o abraçar do triste quarto vazio
Calço-me, mas este corredor não tem a tua fotografia afixada
Pego nas chaves, mas elas não tem a chave da tua casa
Deixo me cair só, na rotina do meu dia
O lugar vazio no carro, a falta dos teus papeis no porta-luvas
O teu omito sorriso, nos nossos cafés ao balcão ainda adormecido
As tuas brincadeiras mudas, na minha condução aborrecida
O teu silêncio, a cantar as músicas no caminho irritante
Parece que reconheço a tua face em todo lado
A tua voz a iluminar cada palavra dirigida
Cada piscar de olhos vejo as memórias de ti
Cada respirar inalo um pouco do teu perfume
Juro que sinto o teu respirar em mim em cada brisa de vento
Quero te agarrar, quero ver o que não me mostras
O desejo de te abraçar, gritar o teu nome
Cada passo que dou é na tua direcção
Não existe pensamento meu que não me leve a ti
Só desejo sentir o teu tacto em mim. Ama-me como entenderes
Desejos, sentimentos, saudades
Todos eles desmaiam em mim
Reduzem o meu dia
E alargam as minhas noites
Acorda-me e leva me contigo
Iniciativas não realizadas, mas agora é o momento….
Olha agora bem o nome e lê o meu rosto
Caminha comigo, não quero mais este meio-termo
Só quero que fiques comigo
Uma vez e outra, sempre mais, sem fim.
Este é o momento…sem medos…não tenho mais medo.
Foto: Luís Gonzaga Batista
http://www.olhares.com/luisgbatista
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