Esburacado em contagem decrescente

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Eu ouço que tudo nada me diz
Faço por não embarcar para a guilhotina
Estas são as palavras que nunca serão frases
Elas usam me mais a mim do que eu a elas
Mas afinal o que a realidade, a mentira e a verdade?
Diz-me para não me assustar e eu acalmarei

Enforco-me de manha banhado pelas noticias
Entrego-me totalmente para o abismo
Aparece assim do nada e tudo o resto desapareceu
Alias nada mais tem vontade própria
Nada se mexe só eu procuro e encontro
A agulha que me acalma de relâmpago.

Confiança perdida talvez na minha cabeça
Nada é o que parece nem espelha
Mas para isso estou preparado
Será que não entendes isso?
Sorrir foi me retirado enquanto não entenderes
Queimo a cinza deixada para trás

O relógio entoa as horas nas minha mente
Os meus sentimentos são agora uma sinfonia
Mas esta completamente distorcida
Danço ao som desta caixa de musica partida
Liberto a mente em tua procura
Só tu a podes consertar, mas não estas a vista.

O palco está montado
A luta pode começar estou desejoso
Não tenho para onde fugir
Apenas me resta batalhar comigo em silencio
Gostava que visses que não me esqueço
A tua espera venhas como vieres, sou teu.

foto:http://www.olhares.com/luisafonso

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