Anjos caídos cantam me inconsciências dementes
Ruas nuas sem luz negam me o vicio da autodestruição
Tambores tocam a musica do expatriado em terra de ninguém
Leva-me agora antes que caia sem te amar de novo no vazio de mim
Vou de novo em direcção a enchente mortífera do mundo
Larga me a salvação antes que me afunde em escuridão
A mesma que me consumiu sempre em todos os meus momentos
Mas será que me queres salvar ou ver derramar em sangue para me provares
Será que me salvas?
Será que o queres?
Será que tens a audácia?
Será, poderá, quererás, ver me assim, amar-te
Tens noção do mundo vazio de alma que me chama?
Das noites artificiais da madrugada fria?
Dos dias vazios de amor e romance, apenas diários carnais?
Se poderes salvas-me? Se puderes amas-me como nunca ninguém me amou?
Poderias tu querer voar comigo para fora disto tudo?
Ou será que pensarias no erro de me ensinar a voar
Aterrarias em cima de uma colina e me deixavas só
Para poder morrer sem saborear a tua doçura retraída?
Salva-me sou teu
Salvaste já parte de mim
Tiveste a audácia de me amar
Se quiseres serás a minha luz e eu a tua, sempre
Sou uma alma sem alma própria nem molde de barro
Sem ti sinto-me decadente dentro de mim, de luto apenas cercado por ti
Abraçado pelo vazio deixado por ti na minha pele, na minha visão
Sei que voltas mas é difícil a distância da tua sombra em mim
Do branco, do teu verde, do teu único paraíso inato
1 comentários:
Nunca!
Nunca te ensinaria a voar...
...amando-te e sendo amanda como amais acontecera, voaria contigo até ao infinito.
Encurtaria distancias, só para ter o prazer de te ver sorrir com esses teus olhos negros pequeninos no momento em que percebesses que não mais terias diárias carnais mas sim uma vida recheada de amor e romance.
Fui toda tua, sou toda tua...
Tive a audacia de te amar, e o amaor que um dia ousei sentir por ti, ainda não secou.
Hoje, agora, queres que te salve?
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