Loucura consciente

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Desnorteado como sempre

Notas altas em devaneios nocturnos

Preenchem me o espírito

Estou vazio, quero enche-lo em tortura

Suor e ruas com direcção as tuas balas


Não me entendas pela loucura nem consciente

Nada me pode levar a ser figura de espírito reflectido no nevoeiro

Sei que me vais acabar por dar vida

Caminha em raiva, leva me para onde me mostrem fotografias do passado


Gritos de alma infligidos na mente doente

Sinais de mudança estilhaçados no sangue vertido por ti

Procuro um modo de me matar em silêncio, de me queimar no lume morto

Mas sei que ainda nem nasci, estou ansioso pela tua vida em mim


Passado mas sem que alguma vez tenhas existido em mim

Não, não quero ser uma memória de alguém que ecoa sem moral

O meu corpo respira mas sem saber quer a tua davida de destino

Sabes que não posso morrer sem ter a tua vida como início



Foto: http://www.olhares.com/Alba

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