Embala-me com suavidade neste mundo novo
Cruel e cheio de desafios por alcançar
Dou-te tudo de mim para ti se o fizeres
Estou num jazigo onde só tu me podes ver
A areia atirada entra neste túmulo de vida sem brilho
Rompe a ultima força, mata-me a esperança
Não atires tambem flores mortas para mim
Pois vou abraça-las ate morrer sem saber quem fui
Pequeno e sem alma, morri mas as minhas asas não voam
Nem sequer percebo o que eu era suposto ter sido
Será que alguém me viu ser o homem que não me deixei ser?
Puseram todas as pedras em cima da campa sem lhe ter tomado o sabor
Como gostaria estar fora de mim e satisfeito em ti
Se pudesse agora ver me deixado sem alma e sem controlo
Talvez me visse no teu corpo levitado pela minha vontade de te amar
Porque não as controlo, estas asas que teimam em ficar dobradas
Procura o meu coração decorado por esta campa abandonada
Será assim muito difícil entender algo que se descontrola em negação?
Parece que devorei o sol nascente para lhe sentir o sabor
Bebi a água de todas as lágrimas vertidas para me ir em voo
Embala-me com suavidade, quero te preencher completamente
Perdi a alma por ti, deixa que a encontre em ti
Foto: http://www.olhares.com/Maddie
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