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E num súbito rebentar de notas
Se forma a melodia da minha vida a minha volta
Sai me pelo olhar para ti
nem triste nem feliz...apenas eu
Uma sombra de mim que um dia me subiu ao céu
Mas como podia eu saber que a linha me levava para trás
Como podia eu ouvir o sombrio grito que silencias em ti
O choque da minha carne roçar ao chão
Eu estava difuso na rotina de amar
Todo este triunfo na busca do teu tesouro
Esta sede de safiras brilhantes
Tornar-se na dor sufocante e gelada
Adormeço rápido nas sombras
Que lentamente se foram embora
Em busca do tesouro azul
Como é que esta busca de azul se tornou tão gélida?
Tu és o tesouro agora perdido
Num medo de perder o que não tenho
Sempre o medo intoxicante de perder a coroa
De um reino pintado de diamantes que nunca tive
Perdido num reino que nunca foi meu
Apenas me alojei a medo
Como me posso ter perdido se não sei para onde vou
Como posso eu te perder se ainda vivo nessas memorias
E eu como me posso ter perdido
Se não sei para onde vou
Como me posso eu te perder
Se revivo um passado do qual não sei fugir
Persigo a minha vida fora de mão
A procura do teu passado que grita
Rebolo na minha mão as safiras
Mas já não lhes sinto o seu calor
Apenas o seu gélido toque
Perdido sem saber o seu rumo
Mas e como posso eu matar algo que não sabe viver
Até o meu futuro desaparece nas sobras que fogem por entre perdões
Perdoa-me agora...
Perdoa me hoje
Como te posso eu culpar
Se é a mim que não sei perdoar
Como posso eu...
Hoje que o dia se deitou e tu não estavas aqui
E mesmo que estivesses não me iras compreender
Apenas vez a luz do teu azul
Como podias tu ver alem desse azul nas tuas mãos
Como podes tu culpar o passado que revivo.
O dia que chegou e não estas aqui
Como poderias estar...pensas no dia que não chega
No perdão que não sabes perdoar
O dia em que vivi
Alguém que um dia tentou viver....perdoo o passado
Não me perco pois não sei o meu destino
Nesse dia que revives num passado que nunca chegou....
Nem o sol para brilhar nas safiras azuis....
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And your sunshine has never come