Mente deformada

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Por mais que tente alcançar o teu gélido ser
Tu nem uma mão me esticas
Nunca soubeste o quanto procurei arranjar tempo para ti
Agora que morro por ti
A minha pele ainda borbulha ao soar do teu nome
Tempo que quebro tempo que deixo correr
Consumido pela dor enquanto tu me deixas
Enterro no peito uma doce bala
Fria e sólida quanto tu
Com apenas um propósito...por fim a este amor
Negro e confuso destino...

(noites negras em suor sangue)

Deixo-me a falar comigo
Mais um passo para a demência
A paranóia envolve-me num luto de seda
Um passado sombrio a minha maior preciosidade
Ansiedade uma qualidade que me rodeia
Respiro ar rarefeito num mundo só vivo em mim
Onde a minha humanidade percebe agora as limitações da vida
Claustrofobia mente que se recolhe nela mesma
Com marcas de luxúria nos olhos
Sem saber onde andei
As minhas mãos suam
A minha mente deixa apenas um fumo de revolta
Agarro a minha mente antes que adormeça
E digo olá novamente a mim mesmo
Demência instalada em mim...


Foto : www.olhares.com/Anyneva

3 comentários:

A Coração disse...

A vida é feita de demências. Não seria vida sem demências.

Luna disse...

Os pensamentos envolvem a mente em nuvens ilusorias
Bj

Saltos Altos Vermelhos disse...

Lindas Palavras!!!!