5 ª Parte.Fim

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Finalmente acorda Beatriz...Parece que ainda foi ontem.A confusão e desnorte é tal que se apressa para ver o calendário.Mas Confirma o que já sabia.Passaram já 5 anos desde que se lembrou do que foi um dia ver nascer sol.Que sentiu a presença de Enrique no seu pensamento.Cinco anos...Há tanto tempo que já não pensava nisto.Relembrou então aquele pressentimento...alguém que caia num abismo...Como sempre,tentou não dar grande importância, voltou rapidamente a sua rotina.Mais um dia pela frente igual a outros, mesmo sendo um fim de semana, até ai parece que já nada muda, apenas os locais.Mas hoje está decidida a visitar a praia. 

...

No fundo sei que estava melhor se tivesse caido mesmo do abismo, estou tão vazio...falta me algo...dizer algo...

...

A mar hoje parece tão calmo.Uma serenidade que até me faz mal, sentir coisas pouco normais em mim.Cada onda calma e macia...como me pode então algo assim quebrar toda esta minha rigidez que tanto faço por ser. Este salgado mar trazer me a mente coisas tão doces que não sou.Porque desta necessidade estranha de sentir o calor destas ondas e vento na face,sabendo eu que está frio, e que embora sereno me iria fazer sentir explosões nada comuns em mim.

-Pensa Beatriz com um olhar no infinito mar.Numa ansia de rasgar tudo isso depressa da sua mente, decide caminhar perto do mar e observar que lá passa.


Para em frente a uma silhueta algo familiar, que pressentindo que esta a ser observado de volta de frente para ela...sorri, com um olhar de mil sonhos doces e ainda algo molhados pelas lágrimas.Chega-se bem perto de Beatriz e diz-lhe ao ouvido.

-Não me reconheces?O meu olhar continua a sonhar te como sempre.Cai no abismo que abriste em mim, cai cai mas tu não me deixas estatelar no chão.Tudo aquilo que me dizias antes elevou-me de volta ao inicio da estrada.Cada memoria, cada palavra segurou me e fez alimentar de vida até hoje.Sei que embora não precise de te o dizer, pois sabes o bem, gosto de o dizer mesmo que não o queiras.Sim ainda te amo como sempre amei Beatriz.Porque nem o tempo apaga a tua forma de ser tão doce de seres comigo, apenas comigo, que tanto amo.Bons sonhos Beatriz.

Anoiteceu.Beatriz sorri...porque? não sabe, apenas sente se em paz novamente...sem saber se dorme mais uma vez e tudo isto é um sonho ou real...


Foto: olhares.aeiou.pt/Anyneva

7 comentários:

Moonlight disse...

Meu amigo

A tua historia fez-me triste hoje....existem historias em nossas vidas que nunca saberemos se foram reais ou irreais tal e qual Beatriz.
Longinquamente tambem se questiona do mesmo....e espera....
Serenamente....que o tempo passe e volte de novo a poder olhar Enrique da mesma forma que dantes....
Este não é o fim desta história....esse quem o irá escrever um dia não sei....mas certamente tenho a convicção que este não será o fim desta encantada história !
Saudades tuas amigo,ver se nos falamos,tenho tido pouquinho tempo.

Bjinho cheio de luar

Anónimo disse...

Li e gostei muito mesmo, por muito que tenha para dizer, por tudo o que haja para dizer, sinto-me vazia de palavras...
Mas o que escreves desperta emoções, sentimentos adormecidos...

Beijinho...

Mel disse...
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Pandora disse...

Tu escreves tãooooooooo bem...ainda estou a sentir isso tudo :)

A Coração disse...

Adorei. Está... diferente. Não sei, mas parece de alguma forma diferente. Está maravilhoso.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Mel disse...

"...Como sempre,tentou não dar grande importância..."
Na minha opinião, a Beatriz dá é demasiada importância a tudo, por isso tmb sofre.

"...Sei que embora não precise de te o dizer, pois sabes o bem, gosto de o dizer mesmo que não o queiras.Sim ainda te amo como sempre amei Beatriz.Porque nem o tempo apaga a tua forma de ser tão doce de seres comigo, apenas comigo, que tanto amo.Bons sonhos Beatriz."

Esta parte está muito bonita e posso dizer que a Beatriz não deve ter problema algum em ouvir o Enrique dizer que a ama, se calha tem é em dizer-lhe pois assim fica mais frágil, ao abrir novamente o seu coração com medo de ser magoada. E assim sem o dizer, sente como se tivesse uma armadura que impede de se magoar.

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