Preso a um espaço sem mais calor
Embalas-me mas sem a doçura de ontem
Dei-te esta parte de mim para segurares
Tal como seguro estas flores já mortas
Como eu, já não são o que eram suposto serem
Vagueio num suposto mundo cheio de vida
Mas cada passo que dou leva-me para o vazio
Memorias cada vez mais desfasadas
Pesadelos cada vez disparam mais certeiros
Gritam o teu nome na trajectória
Longe vão as sombras da solidão
Um vazio inerte percorre-me a pele
Morrer de alma vazia…inútil
Escondo-me de mim, dentro de mim mesmo
Sentir-te caminhar dentro de mim até a superfície
Assombro-me a mim próprio sem saber
Imóvel num corrupio dentro de mim
Giro fora do meu corpo e choro
Onde estou, que me vejo a sonhar
Deitado esperando o teu toque fora de mim
O teu silêncio marca o visível que me rodeia
A solidão faz me sombra ao corpo
Fútil e livre de sonhos de ti
Onde estou? Estou dentro de mim…só
É mesmo isto a que sabe ser livre…amarra me então.
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