Sem titulo nem continuação.

Este sábado ganhei algo que não esperava
Como se uma luz ou simplesmente tivesse acordado
A plena realização do que me rodeia e como me vive
Acabei por ir ao lugar habitual 
Onde navego fora de mim sem perder noção do que em mim vive
Um simples linear de onde as perguntas se encontram
E afinal nada é importante sem causa-efeito normal
Percebi que ao longo da vida ou o que é isto
Por vezes saboreamos a inferno
Mas também é fácil sair de lá se tivermos a força
Basta desaparecer
Outras vezes saboreamos o paraíso
Mas por vezes também temos de sair de lá
Pois não somos benvindos , muito menos eu 
E como tal se tivermos a força necessária basta desaparecer
Mas há momentos...como agora 
Onde não existe nada para alem de nós
Apenas podemos saborear a nós mesmos
E a enormidade do nosso vazio tão sem sentido existencial
Mas como sair de desse sabor?
Afinal de contas só nos saboreamos a nós mesmo 
E desaparecer não podemos de nós 
Para onde formos estamos sempre presente
Como um pesadelo sempre presente a nossa presença
Talvez esperar então que se negarmos a nossa existência
Assim possamos desaparecer de nós mesmo
....mas o que vive em mim tão forte
Vivo eu também nos outros da mesma forma?
Ou seremos...serei apenas um pesadelo com forma humana
Uma lembrança de perdida de uma vaga ideia
Talvez sim.
E assim sendo eu um pesadelo ou memoria
Não sinto...não vivo...não existo em ninguém
Uma memoria não sente ,nem pode sentir
Não ama nem pode amar
Não sorri nem pode sorrir
Não sofre nem pode sofrer
Apenas é e acabo por ser ....0
E acabo por atormentar e a desgastar-me também em ti 
E na tua memoria ou resto de sonho ou pesadelo.