sayoonara ai

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Suki dewa arimasen yume shiru
Estou preso ai...sinto falta do teu calor
Preso nas memorias que para ti foram apenas passageiras
Para mim um mundo de verdades
Afastei tudo quanto te amava
Numa tentativa de afastar-te para o passado
Seres um folha esquecida...mas não consegui escrever para alem dela
Olho-a e perco a vontade de a virar
Preso nesse instante...nessa memoria
E agora que me afastaste do teu
Sinto um vazio enorme...como se nada fosse real
Nem esta chama que me consome de te ter deixado partir
Nada já me parece real...nem tu.
Procuro te numa luta comigo próprio para encontrar apenas as tuas pegadas
Já quase apagadas...e morro mais um pouco em cada uma delas
Porque me afastas-te ? porque não brilhas mais nas minhas manhas
Tou cansado...apenas cansado de encontrar este vazio.
tenshi midori ai wa deru shinzoo

Foto : aquela que te falta...o adeus

Culpa inocente

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Num acesso de memória mais forte que o corpo,

Onde a idade desvanece sobre um telhado imoral

No silêncio onde o corpo fica… e a mente vagueia para longe da dor.

A conspiração do silêncio a única fuga,

Um segredo perdido debaixo da árvore milenar,

De uma família que vive e morre numa sombra futura.

Um amar que te demonstram enterrado num segredo

De sonhos perdidos e princesas mortas,

Onde o príncipe chega sem armadura reluzente.

Contos de fadas destruídos nos lençóis manchados

De sangue de uma família de gerações perdidas.

... Apodrecem as bonecas na mente inocente

Os quadros de super-heróis perdem a sua força

Envoltos em ratoeiras de amor onde reina o ódio.

Este segredo enterrado nas raízes da árvore familiar

Presente em todos os jantares de olhares suspeitos

E risos sombrios de cumplicidade demente

Onde a vergonha suplanta a vontade de justiça …

Mas agora que os dragões já não fazem parte do teu imaginário

Onde os cavaleiros são bonecos que se perderam no sótão,

O mesmo onde a inocência morreu no meio de bonecas sem olhos.

Fadas são só os desenhos juntos dos rabiscos de tortura

Num caderno que devia ser um diário

Tornou-se apenas num esboço de dor dia após dia.

E hoje que o dia te tornou adulta... irá a força perder para o passado

Serás tu a mostrar que o círculo se mantém?

Ou apenas uma vítima silenciada?

Onde o ódio, se mantém nas paredes da tua culpa sem nexo,

Carregas num coração vazio de moral... para proteger o que?

Aqueles que te deram apenas uma infância de inferno constante.

Será que a verdade irá germinar à volta da árvore familiar?

Um segredo só teu... uma menina de infância rasgada

De uma mulher com o futuro enterrado no passado.

Foto: www.olhares.com/paulomed

Sem fé nem pecado

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Sou alguém que caminhou sozinho

Sem tempo para misericórdia, sem vontade de perdão

Remorsos algo que sou culpado de não ter

Tenho o cuidado de me proteger

Não quero ser infectado por algo que me diminui

Ainda assim não passo de uma doença social

Um imoral sem deus nem credo

Se estiver certo não perco nada

Se estiver errado perco tudo o que vivi

Perseguido por todos que me rodeam

Ergo paredes que me querem prender

Para o final que se aproxima vertiginosamente

Mas, e se eu sou realmente apanhado

Culpado de todos os medos

Sentenciado por algo que não acredito

Sou a mente rebelde...um fugitivo demente

Numa confiança perdida talvez....

Mas quem és tu para me julgar?

Se me fizeste a tua imagem....então nada é o que parece

A sujidade que me enche os olhos és tu

Nada mais que luxuria me deste

Repetido uma e outra vez numa verdade que não confessas

Numa sinfonia de duas mentes perdidas nesta cidade

Um purgatório que ninguém quer ouvir

Decides quem nasce e morre...eu apenas revivo esta tua lama

A tua ansiedade...Numa rua onde ninguém se da ao trabalho de dizer ola

As despedidas essas envoltas em cerimonias que se perdem no ar da memoria

Dizem o teu nome na escuridão da noite

Mas agora é muito tarde para te dizer que te abraço

Por isso escolho caminhar sozinho

Pois sei que se te apertar a mão

Tu vais me cortar os dedos

Não acredito no teu julgamento...afinal quem e que te nomeou juiz

Se tu decides quem é o culpado e a vitima

Encenas tudo num palco viciado

Em que as consequências recaiem apenas nos teus fantoches

Sou culpado apenas de me perseguir em pecados em que me deixas sem protecção

O que é teu e também meu

Se estiver certo ganho uma vida

Se estou errado perco tudo

Esta é verdade de quem aqui chegou sozinho

A verdade que te vai deixar de joelhos a ti

Enquanto eu te renego e caminho sozinho


Foto: www.olhares.com/Gracinha

Ending post

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Ganho consciência de ser abatido por mim e fujo...
Onde a única floresta que me esconde é a indiferença
Um cheiro de medo...um rasto deixado no trilho da vida
Talvez queira ser apanhado...
Cada passo que dou é em direcção ao engano e desconhecido
Perdido num lugar onde as indicações me rodeam
Mas que eu finjo não ler
Quero voar sobre elas...suspenso num nevoeiro de pequeno deus
Que sabe que não morre...apenas vai morrendo....
Ate que o dia chegue...
Que ao meu comando todos desapareçam
E o meu corpo respire apenas um ar de morte
Onde o céu se vai deitar ao meu lado
Um pobre semi-deus...que viu o que queria ser e não gostou
Num arrepio de inverno, desejei o verão
E apenas desapareci...estarei errado?
Sobre um céu que acolhe todos que o olham
E desvanece na noite indiferente ao mundano deus
Amanha outro deus morrerá
Embriagado pelo poder ontem desesperado por a falência de valores
Estaria eu errado...estaria assim tão longe de casa
Deixado aqui sozinho no meu engano.
Podias tu me ter salvado? Podias me tu ter julgado?
Podias? Querias? Terias me tu tentado salvar?

Foto: www.olhares.com/mjamorim6

Presente da sempre verdinha esmeralda amiga

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Informações sobre o Prémio Dardos:

“Com o Prémio Dardos se reconhecem os valores que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras. Esses selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web. Quem recebe o “Prêmio Dardos” e o aceita deve seguir algumas regras:

1. - Exibir a distinta imagem;
2. - Linkar o blog pelo qual recebeu o prémio;
3. - Escolher quinze (15) outros blogs a que entregar o Prémio Dardos.

Bem agora a parte mais porreira dar este premio :

http://soproausente.blogspot.com/

http://ospequenosdetalhes.blogspot.com/

http://simplespalavras27.blogspot.com/

http://teusonhomeu.blogspot.com/

http://piecesofalife7.blogspot.com/

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http://silent-diary.blogspot.com/

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http://www.lupanardopensamento.blogspot.com/


Obrigado a todos por partilharem coisas tao belas.


Tribo sem deus

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Sinto a minha alma sair do corpo
Vaguea em sacrifício num mundo negro
Procura o regresso ao primitivo humano
Onde o odio se mistura com deus
Sangrar a crença em troca de esperança
Sinto a alma perder o brilho
Agora que perdi toda a esperança
Perdi também o medo
Não tenho de me justificar
Tiraram me a esperança e o medo
Renasço das minhas raízes ancestrais
Persigo o odio e cuspo no inimigo
Não pergunto por motivos...apenas vingança
Salta...não sao balas...
Grito desespero e raiva
Mostra-te vou te atingir com algo mais forte
Descrença....odio...sem medo...sem esperança
Tudo me é permitido.
Cumpre-se assim a profecia de morte
Numa execução sem julgamento de consciência
Arde num combustível que não é mais que o odio
Tribo sem deus..sem esperança..sem medo

Foto: www.olhares.com/maryLanda

Ultimo Chuto

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Se ao menos me lembrasse onde deixei as coisas serias
Onde me foi apresentada a crueldade das consequências
Que a vida não passa de um jogo simples e maquiavélico
Quanto mais sérias as ruas se cruzam no caminho
Mais fortes se tornam as cartas jogadas em vão
Inocente, não vi o quanto custava ver-me sangrar
As coisas que ficaram por fazer
Tão pouco que consegui atingir...o negar dos meus pequenos planos
Todos os meus sonhos...apenas esboços de cabeceira
Quem diria que ver o quadro da minha vida
Me faria sangrar tanto purpura em algo tão cinzento
Se ao menos soubesse eu onde esta exposta esta pintura
Podia-lhe apagar tudo o meu coração..para que não quebrasse
Se as ultimas palavras fossem minhas...seriam que vos amo
Com um sorriso apenas deixar-me ir....sem corpo viver em sonhos
Nas memórias de alguém que tentou mas não conseguiu
Mas não são minhas...não, são palavras ditadas a ferros por um qualquer homem
De negro e com fé num deus que nunca encontrei
O quadro não o pintei ...deixei que o pintassem cinza sem me opôr
Numa mistura de sangue com submissão
Com uma tinta de oleo de papoila sintética
Não me custa partir desta dor...mas saber o que deixo
Todo este querer e não conseguir
Só assim me vou libertar destas paredes que me amedrontam
De todas sombras que vivem em mim após cada agulha
De todas tentativas falhadas...de esperanças destruidas
Só assim me libertarei destes olhos sem vida
Das dores de resistir ao enfermo da desilusão
Da rotina de mais uma última e quente sensação de paz...todas as vezes ...a última
Se eu soubesse onde deixei todo o meu mundo
Aquele de onde me vou libertar por amor..não a mim ...mas a quem me ama.
Que me liberte então agora deste corpo partido
Em pequenos pedaços de dor espalhados neste chão frio
Numa qualquer casa já sem telhado...frio e sem alma
Vejo que afinal estou pintado em todas estas paredes...
E num ultimo olhar...me deixo aquecer na agulha...
Sem vida, olho o corpo que apenas quer ser uma memória alegre do vosso amor...........
Quando me leres sorri estou vivo em ti...feliz por me abraçares no vazio...da minha partida


Foto: www.olhares.com/Maddie